Você sabia que o brasileiro paga os juros reais mais altos do mundo? E que 8 em cada 10 brasileiros estão endividados?
Se esse é o seu caso, duas dicas podem ajudá-lo a evitar o endividamento e o comprometimento do seu negócio, seja uma empresa ou propriedade rural.
Antes de apontar as dicas, veja que você não está sozinho: pela primeira vez em mais de uma década, o endividamento das famílias brasileiras atingiu o patamar de 80% da população, que estão devendo principalmente para bancos.
Ao mesmo tempo, o Brasil lidera o ranking de juros reais, aqueles que são cobrados do consumidor final, tornando muitas dívidas simplesmente impagáveis.
Só durante a pandemia foram renegociados mais de R$ 1,1 trilhão em dívidas bancárias e, no meio desses números astronômicos, estão diversas empresas, empresários e produtores rurais que não conseguiram honrar as parcelas, sejam elas de financiamento, crédito rotativo ou cartão de crédito.
Dica 1: se vai buscar recursos, pesquise
Nesse cenário de endividamento generalizado, a primeira dica para o empresário ou produtor rural que necessita de crédito para investir em obras, insumos ou equipamentos, por exemplo, é: pesquise e compare. Você deve realizar uma pesquisa entre diferentes instituições para analisar as linhas de crédito fornecidas e as taxas de juros cobrados por instituição.
Após esse levantamento, a recomendação é formalizar por escrito a proposta junto às cooperativas ou bancos escolhidos, descrevendo o objetivo do empréstimo, o valor pretendido e a previsão de retorno financeiro, tudo visando reduzir os riscos de concessão de créditos inadequados, que podem tornar o pagamento do empréstimo inviável.
Dica 2: se está endividado, muita atenção ao renegociar
Agora, para aquelas dívidas já avançadas, antes de pensar em se desfazer de bens, encerrar seu negócio ou algo do tipo a segunda dica não poderia ser outra a não ser enfrentar o problema.
Hoje existem ferramentas jurídicas disponíveis para o empresário, produtor rural ou pessoa física endividados renegociarem suas dívidas ou mesmo discutirem a redução de juros abusivos e tarifas indevidas que, não raramente, compõem a fatura que é apresentada pelo banco.
Se esse é seu caso, converse com o advogado de sua confiança para se informar melhor.
Acir Marcondes, advogado especialista em direito bancário